Mesmo com todo conhecimento que há, com toda literatura sobre
os golpes que a esquerda deu e dá no mundo, mesmo em se tratando de pessoas
cultas que, no mínimo, deveriam saber que acordos com a esquerda só existem se
ela levar todas as vantagens, a Reitoria da Unicamp ainda não aprendeu.
Mesmo com todos os sinais de que as greves que por lá
ocorrem são políticas e realizadas por notória minoria, mesmo com a evidência
de que o sucesso dos movimentos que lá ocorrem só acontecem na imprensa, mesmo
sabendo que a grande maioria de estudantes, professores e alunos não são
aliados desses partidecos de esquerda que comandam as ações, a Reitoria da
Unicamp ainda não aprendeu.
Mesmo sabendo que a invasão do prédio da Reitoria – a atual
e todas as outras – aconteceu porque os partidecos de esquerda precisavam de um
fato que chamasse mais a atenção da “mídia” e que as negociações ocorridas tinham
como único objetivo postergar medidas que acabassem com a criminosa invasão, a
Reitoria da Unicamp insistiu em “dialogar” e manter uma ridícula postura “politicamente
correta” que contrariava a maioria da universidade e afrontava até a
Constituição brasileira.
O resultado dessa covardia institucional, desse não
enfrentamento de grupelhos cujo “diálogo” é a violência – a invasão de um
prédio público impedindo o trabalho de um órgão sustentado pelo imposto dos
cidadãos paulistas é um ato violentíssimo sob qualquer ponto de vista – só
podia dar no que deu: os invasores (que deveriam, só pelo ato de invadir o
prédio, serem expulsos da universidade) não aceitaram todas as regalias que a
Reitoria da Unicamp ofereceu e mantiveram a ocupação que já dura absurdos 55
dias.
Não tivesse a Reitoria da Unicamp se acovardado diante de um
ato criminoso e agido como uma autoridade deve agir, a desocupação mesmo que
violenta do prédio, teria ocorrido no mesmo dia da invasão e a vida
universitária – repito: sustentado pelo imposto de todos os paulistas – poderia seguir seu curso.
Tivesse agido como manda a lei, e hoje, 55 dias depois, não
precisaria soltar um comunicado onde diz que “lamenta a intransigência dos
estudantes e, diante desta postura, reafirma que deu por encerradas as
negociações. A inexistência de um acordo joga por terra todo o esforço
realizado e os avanços verificados, invalidando os pontos pactuados. A Unicamp
comunicou a Justiça sobre o insucesso das negociações e informou que mantém o
interesse no cumprimento da liminar de reintegração de posse. A decisão a
respeito deste assunto não se encontra mais no âmbito da Universidade.”
Foram quase dois meses de “negociações” para se chegar a um
final manjado.
Não tivesse a Reitoria da Unicamp se acovardado diante de
grupelhos que pregam ideologias que não deram certo em país algum do mundo – ao
contrário, desgraçaram os países onde foi aplicada – e os cofres estaduais, já
combalidos por uma crise produzida justamente por um partido que apoia esses
profissionais do caos, não sofreriam mais um baque que será sentido no bolso de
todos nós.
Agora, provavelmente os marginais vão querer resistir à ação
policial da “reintegração de posse” e a “mídia” tão sedenta de sangue quanto
cúmplice dessa esquerda criminosa, publicará em destacadas fotos esses imbecis sendo
levados à força por se recusarem a sair do local. E se algum deles for vítima
de algum ferimento que faça jorrar sangue, terão atingido mais um objetivo:
exibirão a “vítima” como troféu e acusarão os que defendem a lei de “fascistas”.
É assim que a esquerda age: acusa seus adversário de ser o que ela é..
A única pergunta que
cabe, ao se aproximar o fim desse teatro de horrores protagonizado por
grupelhos marginais é: quanto custou aos cofres do governo estadual a covardia
da Reitoria da Unicamp?
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