Ciclovia Tim Maia, no Rio: duas mortes, um desaparecido |
Em 2011, uma nova lei revogou o sistema de fiscalização de
obras no Brasil. Foi a lei 12.462, assinada por Dilma Rousseff, que criava o Regime
Diferenciado de Contratações Públicas – RDC.
A intenção da mudança era apressar as obras para a Copa do
Mundo e, de quebra, para as Olimpíadas, além de deixar como mais uma herança
maldita do PT (até que seja revogada, o que espero aconteça brevemente) um rol
de facilidades para empreiteiras que contratem com o governo, facilidades essas
que geram mais lucros e, claro, maiores possibilidades de propinas.
Viaduto em obras desaba em Minas: dois mortos e 22 feridos |
A lei que o governo fez aprovar no Congresso - em 2001 a base aliada tinha larga maioria- dava às empresas que estivessem realizando as obras públicas, a função de também fiscalizar
sua própria obra. É a mesma coisa que entregar à raposa a função de tomar conta
do galinheiro.
Sem fiscalização eficiente – ou alguém imagina que as “santas”
Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, UTC, Engevix, Camargo Corrêa
e outras, enroladas até o pescoço no mar de corrupção da Petrobras e em outros setores governamentais, fiscalizam direitinho as próprias obras? – a queda de parte
da ciclovia no Rio foi apenas uma das tragédias que ocorreram recentemente no
Brasil.
Viaduto em construção desaba em Fortaleza: dois mortos |
Os exemplos estão aí, ilustrando de modo macabro este post. Já houve queda de viaduto em Minas, em 2014, com duas mortes e 22 feridos,
já caiu parte da cobertura do estádio do Corinthians em novembro de 2013 (houve duas mortes na
ocasião), uma ponte em obras desabou em Fortaleza em fevereiro deste ano (duas
mortes também) e, por certo, infelizmente, outras estão por vir.
Cobertura do estádio do Corinthians desaba: dois mortos |
Um culpado: o governo petista que não só foi incompetente
para manter as obras no prazo, como deu às empresas construtoras mais lucros, já que não
precisaram mais contratar empresas especializadas na fiscalização das obras.
Além da ausência da fiscalização - ou da fiscalização feita pelo próprio construtor - há um fator comum na grande maioria das obras realizadas para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas: estão cheia
de processos na Justiça acusadas de corrupção. Faz sentido.
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