terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Artur Orsi no PSD é candidato a prefeito de Campinas


No próximo sábado a politica municipal de Campinas ganha o principal fato novo para as eleições de outubro. O vereador Artur Orsi se filia ao PSD, numa grande festa no Club Fonte São Paulo, a partir das 11h.

Desde o último governo de Magalhães Teixeira, complementado por Edivaldo Orsi – já lá se vão 20 anos – Campinas sofreu na mão de políticos de baixa estatura política e/ou moral. Chico Amaral realizou um governo medíocre, montado num dos piores secretariados que Campinas já viu. Saiu desgastado, empanando o que restava de seu governo anterior. Depois dele, Antonio da Costa Santos (PT) não pode ser enquadrado em qualquer categoria, pois não teve tempo de mostrar a que veio, assassinado que foi em 2001. Sucedido por Renato Simões – a vice, Izalene Tiene era apenas uma testa de ferro do então deputado petista – o que se viu naqueles três anos e pouco na cidade foi um circo de horrores, com uma administração destrambelhada, sem rumo e, provavelmente, arrecadando muito para os bolsos e planos petistas.

Hélio de Oliveira, cuja eleição se deveu à mala de dinheiro e ao marqueteiro que José Dirceu mandou de Brasília, fez jus aos seus patronos: instalou uma quadrilha no Palácio dos Jequitibás que seria uma espécie de miniatura da que vicejou no Mensalão e depois no Petrolão petistas. Cassados – ele e a quadrilha – a herança de seu governo corrupto se deve ao dinheiro que Lula mandou e que rendeu ruas asfaltadas na região do Ouro Verde e do Campo Grande. O resto do governo foi tocado a propinas. Que não volte nunca mais é o que a cidade espera e deseja.

O curto período de Pedro Serafim, eleito após a cassação de Oliveira, não comprometeu a cidade, mas a chegada ao poder de Jonas Donizette fez dar a impressão de que os velhos tempos da maquiagem nas ruas e muita publicidade na mídia tinham voltado. E tinham mesmo.

Donizette faz um governo que não empolga ninguém, não tem liderança, tem um secretariado bagunçado e incompetente em sua maioria e não consegue criar um projeto que mostre a que veio. Um dos maiores, o BRT, travou no governo de Oliveira, andou um pouco com Serafim, e voltou praticamente à estaca zero com Donizette. Uma placa na Lagoa do Taquaral anunciando um obra cuja verba viria do governo estadual é um retrato desse governo: está lá anunciando o desassoreamento da lagoa (obra urgente, por sinal) há quase dois anos e o prefeito não tem força para exigir do governo estadual o cumprimento da promessa de financiamento da obra.  Um governo fraco. Pífio.

Por isso Artur Orsi chega para empolgar boa parte do eleitorado que vê nele a esperança de Campinas voltar a ter um prefeito realmente preocupado com a cidade e seus cidadãos.

Opositor ferrenho de Oliveira (foi ele o autor do pedido de cassação que acabou com o corrupto governo de então) manteve seus princípios no governo atual, mesmo depois de seu partido ter apoiado Donizette e ter no governo várias secretarias e muitos outros cargos. Acabou isolado dentro do PSDB, mas não abriu mão de fiscalizar a administração municipal. Denunciou vários desmandos e foi vítima da “ira” do governo, que escalou um vereador advogado para o triste papel de inventar malfeitos que Orsi jamais cometeu.  Lamentável.

Sem futuro no partido que ajudou a criar junto com seu pai, e pronto para galgar novos degraus em sua carreira política, Orsi, com a votação mais expressiva entre todos os 33 vereadores de Campinas, se viu obrigado a sair do ninho tucano – dominado com mão de ferro pelo deputado Carlos Sampaio – para poder colocar seu nome como uma opção para o governo de Campinas.

Orsi não é novo na política, está em seu terceiro mandato de vereador, mas é a grande novidade para as próximas eleições. Novidade em termos de ficha limpa, de honestidade e de visão privilegiada de um campineiro que há mais de 20 anos trata das coisas da cidade com o carinho e determinação que elas merecem. É, disparado, meu candidato a prefeito.

Quanto ao fato de ele estar se filiando a um partido que faz parte da base aliada do governo petista de Dilma Rousseff, há que se levar em conta as alianças municipais, estaduais e federais. Há no Brasil um verdadeiro saco de gatos em termos de alianças. Valem os interesses regionais: as mais estranhas alianças já foram feitas sem que seus participantes mudassem de opinião sobre muitas coisas. O próprio partido do atual prefeito de Campinas foi aliado de sempre do PT, até que seu líder Eduardo Campos, resolvesse disputar a presidência.  

Artur continuará na oposição e na posição em que sempre esteve. O foco dele é Campinas e tenho certeza que jamais dirá uma palavra em defesa do corrupto governo petista que assola o país. 

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