Pois é, quando Lula diz que Dilma praticou as pedaladas
fiscais – confessando um crime – para pagar programas sociais, como Bolsa Família
ou o Minha Casa Minha Vida, ele está mentindo descaradamente.
Lula mentir não é novidade, claro. Aliás, foi assim que ele chegou
ao poder, lá se manteve por oito anos, elegeu a sucessora que, mentindo tanto
quanto seu criador, reelegeu-se. Claro que a farra um dia ia acabar, já que,
como bem diz o ditado popular, “dinheiro não leva desaforo”. E os desaforos todos cometidos desde o
governo Lula, envolvendo centenas de bilhões de reais, estão se vingando agora,
com toda a força.
Mas eu dizia que Lula mentia descaradamente também nesse
caso de querer defender a indefensável Dilma. Pois a coisa é bem simples: o
dinheiro para o Bolsa Família e para o MCMV estavam nos orçamentos enviados ao
Congresso a cada início de ano. Se o dinheiro estava ali previsto, ele só poderia sair dali para realizar os
pagamento previstos.
Ora, se no dia do pagamento das empreiteiras que estavam
fazendo moradias por aí e no dia do vencimento do cartão-eleitoral do Bolsa
Família o Tesouro não tinha dinheiro para honrar os compromissos, é porque o
dinheiro foi usado para outra coisa.
E foi usado para muitas outras coisas porque o governo petista
não está nem aí com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe mandar que o
Banco do Brasil ou a Caixa Econômica Federal paguem das suas reservas dívidas
do governo central. Aliás, até podem pagar, desde que as contas sejam acertadas
rapidamente. O que não pode é ficar devendo meses, anos até e depois botar tudo
num déficit primário (outro crime perante a LRF) para se justificar.
E gastou para se manter no poder, para não perder milhões de
eleitores que votam no PT com medo de perder o benefício.
O crime das pedaladas fiscais era tão comum no governo Dilma,
disfarçado por truques junto a transações com o BNDES (o banco antecipava
dividendos ao governo mesmo sem saber se seriam esses os dividendos a serem
pagos no futuro, em manobras totalmente fora da lei, como mostra excelente reportagem
da Revista Piauí deste mês), que continuou em 2015, já no segundo mandato, como
se nada fosse acontecer, como se o TCU fosse um apêndice do governo que estivesse
ali para aprovar qualquer coisa que o Executivo lhe mandasse.
O resultado é o que Brasil está na lama econômica, a
inflação está elevada e subindo, o desemprego aumenta todo dia, a confiança do
investidor já foi pro saco e a recessão só cresce.
Para sair dessa fria em que o PT o meteu, o Brasil precisa
se livrar de vez desse governo. O impeachment é o ponto de partida para o país
voltar a crescer. Não há qualquer possibilidade desse governo fazer o país
retornar aos trilhos do desenvolvimento. Ninguém acredita mais nele.
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