quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Patéticas críticas à prisão de Zé Dirceu

Quatro “intelectuais” opinaram, para a Folha de São Paulo, sobre a prisão de José Dirceu. Todos contra, claro. São os velhos comunistas Fernando Morais, José de Abreu, Luiz Fernando Veríssimo e Luiz Carlos Barreto.

Em comum eles têm o fato de se manterem adeptos de uma ideologia que não tem mais sentido em lugar nenhum do mundo civilizado. Saudosos do império ditatorial soviético, que acabou há mais de 20 anos e do Muro de Berlim que caiu. Sobraram apenas esqueletos da “glória” esquerdista como Cuba, Coreia do Norte e, agora, a triste Venezuela com um louco no poder e o povo invadindo supermercados para conseguir um pouco de comida. Há exemplos menores ainda, espalhados pela África ou pelo Oriente Médio, ditadores geralmente sangrentos, muito ricos com povos muito pobres. São péssimos exemplos, mas a velha esquerda não os critica, fecha os olhos aos horrores em nome de uma “causa”.

Barreto, o cineasta, disse que a prisão de Dirceu foi “redundante”, pois ele estrava em prisão domiciliar e não poderia fugir ou pressionar ninguém. O diretor de cinema se esqueceu de que na Papuda, que não é domiciliar, Dirceu continuou praticando crimes, recebendo por “consultorias” que jamais existiram. Se recebia, alguém cobrava, né?  Ou seja, a quadrilha estava ativa, mas Barreto vê redundância em estancar a sangria dos cofres públicos com a prisão de Dirceu. E apela a uma velha cantilena, afirmando que é exagerada a prisão e que estamos num Estado de Direito democrático. Exatamente por isso que se pode prender alguém como Zé Dirceu, né? Se estivéssemos numa ditadura de esquerda, como gostaria Zé Dirceu, o Estado seria de exceção e o corrupto ex-ministro seria eminência parda.

Já Fernando Morais rezou o mantra que o PT soltou e fez seus cupinchas repetirem por aí. Diz ele que Dirceu foi “vitimado” na tentativa de atingir Lula. Pois é, Morais fala como se não houvesse prova alguma contra Zé Dirceu, se esquecendo dos depoimentos todos que apontavam para a continuidade dos crimes. De resto, Morais, que escreve bem, aliás, louvou a ditadura cubana no seu livro mais famoso, onde Dirceu, digamos, “forjou seu caráter” e, na ausência de argumentos mais concretos, ele assume a “imprensa chapa branca” que existe dentro dele e repete a fala oficial do partido.

José de Abreu, essa triste figura que, pateticamente, defende bandidos como se recitasse um script de mais uma novela, considerou “piada” prender alguém que já foi condenado alegando continuidade criminosa. Talvez por ser tão mau ator, Abreu esteja querendo tentar a carreira jurídica e se arvore a julgar atos judiciais. A prisão de Dirceu foi tão legal, tão dentro da lei, que o Supremo Tribunal Federal aprovou a transferência do preso para Curitiba, ele que não poderia sair de Brasília. Fosse “piada” o STF certamente impediria sua viagem. E Abreu ainda critica o juiz Sergio Moro, num ato insano que mostra bem a debilidade de seu argumento.

Por fim, o velho comunista e bom humorista Luis Fernando Veríssimo, não viu piada na prisão e sim que se trata de uma prisão política “pelo que Dirceu representa”. Veríssimo deve ter saudade da ditadura, quando políticos eram presos pelo que diziam ou escreviam, ou mesmo representavam. Dirceu não escreveu nada, não disse anda e o silêncio do seu partido sobre sua prisão mostra que ele não representa mais nada. Está preso apenas por que roubou dinheiro público fartamente.

Ainda bem que o Brasil não depende desses “intelectuais” para forjar um pensamento crítico. Fosse assim, seríamos candidatos a frequentar eternamente a rabeira da História. 

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