Primeiro foi o falso índio que governa a Bolívia que fez a
bravata do ano e ameaçou proteger o “governo” Dilma com seu exército. A ameaça
de Evo Morales ao Brasil tem o mesmo efeito que mijar em incêndio. No fundo,
como disse um blogueiro, se Dilma cair, o falso índio pode perder as mamatas do
BNDES e pode ter as fronteiras com o Brasil vigiadas, o que poderia prejudicar
certo comércio que dá muito lucro por lá, principalmente para alguns ministros.
Logo em seguida, foi a vez da perua que governa a Argentina,
Cristina Kirchner, declarar que os protestos no Brasil contra o PT e o “governo”
Dilma “têm o dedo da CIA”, numa frase que tem de cafona o que tem de absurda. Há
muito tempo eu não ouvia falar um treco tão imbecil como esse. Mas, vindo de
quem veio, não surpreende. Afinal, todo ditadorzinho, por mais merda que seja,
sempre inventa um inimigo para justificar a própria incompetência. A situação
da Argentina, um país a caminho da ruína, é bem o retrato do que essa perua
anda fazendo por lá. E ainda completa sua “obra” dizendo uma besteira desse
tamanho.
Agora, foi a vez de Rafael Correa, outro protótipo da
imbecilidade que desgoverna o Equador, dizer, conforme revela Clóvis Rossi na
Folha, que os protestos atuais foram inspirados num livro de um tal de Gene
Sharp. Assinala o livro que o protesto “começa com a mobilização nas redes
sociais, passa para as ruas, e o governo acaba caindo. O suposto ‘golpe brando’
inclui, ainda, a difusão de boatos nas redes sociais. ”
Diz Rossi no artigo: “Segundo
o relato da revista América 21, porta-voz do bolivarianismo, Correa pôs como
exemplo "o que está ocorrendo na Bolívia, Brasil, Venezuela e Argentina,
onde setores da oposição tratam de desconhecer governos que contam com respaldo
popular provocando mal-estar com o apoio de meios de comunicação de
massa".
Rossi tem certeza – e eu também – que ninguém dos que
protestaram nas três gigantescas passeatas realizadas até agora conhece Gene
Sharp ou seu livro “Da Ditadura à Democracia”.
O fato é que essas ações são orquestradas. O falso índio
boliviano, a perua argentina e o equatoriano boquirroto perceberam que a
situação em seus países está mudando e que a sociedade que conta – aquele que
trabalha e sustenta o país e o governo – não está mais disposta a dar boa vida para
um bando de facínoras que, eleitos pelo voto popular, se apoderaram o governo
para nele se enriquecer e se perpetuar, pouco ligando para as desastrosas consequências
que provocam.
O quadro social no Brasil se deteriora rapidamente. O da
Argentina já está próximo ao ponto de fusão e vai explodir a qualquer momento.
O Equador enfrenta um protesto de povos de origem indígena que vem crescendo no
país e a Bolívia tem 40% de sua população abaixo da linha da pobreza. Ou seja,
os governos bolivarianos ou simpáticos a eles (como é o caso do Brasil) não
conseguiram dar ao povo o “paraíso” prometido nas coloridas propagandas da TV.
Sem contar o inferno em que se transformou a Venezuela, onde essa nova onda
esquerdista, que vem desgraçando a América Latina, começou.
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