A nova postura de Fernando Henrique Cardoso diante da crise política
e econômica por que passa o Brasil é importante elemento para a concretização
de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Para a mudança de opinião de FHC contribuiu, e muito, o
protesto de domingo passado em todas as grandes cidades brasileiras. Mas não
deve ter sido só isso. O site O Antagonista revela que FHC conversou com pessoas
que mostraram a ele que a situação das finanças do país está se deteriorando
diariamente. E que militares disseram ao ex-presidente que a queda de Dilma
através da cassação pelo TSE da chapa eleita, colocaria Eduardo Cunha para uma
transição de 90 dias que poderia piorar em muito a situação do país.
Diante do quadro, FHC, inteligente que é, não teve dúvidas
em mudar sua posição: chamou Alckmin e Aécio e enquadrou os dois no novo
discurso do partido: o PSDB votará a favor do impeachment de Dilma, o que
colocará Michel Temer (PMDB) no poder. O ex-presidente já deve ter conversado
com Temer e acertado um apoio do PSDB ao seu governo, desde que, é óbvio, o PT
seja afastado.
Com Temer, algumas reformas urgentes poderiam ser
realizadas, como a diminuição do número de ministérios, o aprofundamento das
investigações com apoio total às CPIs do BNDES e dos fundos de pensão, o apoio
às investigações da Lava Jata (se bem que o juiz Sérgio Moro está se virando
bem apesar da pressão que sofre do governo), o redirecionamento de investimentos
e outras medidas que trariam o apoio do povo em geral e dos investidores internacionais.
Com isso a sangria do real poderia estancar, a inflação
começaria a ser novamente dominada e, apesar dos sacrifícios que o país terá de
fazer para sair do buraco em que o PT o meteu, o caminho para um futuro melhor em
curto prazo (um ano mais ou menos) estaria traçado e teria apoio popular, com
certeza.
O PT iria para a oposição totalmente desacreditado, pois seria
o principal responsável pela situação do país e dificilmente teria força para
impedir as reformas necessárias. E se houvesse algum tipo de reação violenta como
já sugeriram o chefe do MST e o presidente da CUT, o Exército está aí para garantir
a paz constitucional que o país e seu povo necessitam para se desenvolver.
O fato é que só com a saída de Dilma e do PT do poder o
Brasil conseguirá traçar um rumo confiável. E com uma vantagem extra: vamos
parar de sentir vergonha pelos discursos desconexos, pelas frases sem sentido e
pelos absurdos que Dilma profere quando fala de improviso. Temer sabe discursar
sem ofender a língua portuguesa, a lógica e o pensamento linear.
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