Além da vergonhosa epidemia de dengue em Campinas que chegou
a quase 60 mil casos, recorde brasileiro, o governo Jonas Donizette (PSB)
parece estar querendo quebrar outro recorde para a cidade: o de ser o governo
que teve o maior número de editais de licitação questionados, cancelados e refeitos
por conterem erros que levantavam inúmeras suspeitas sobre a possibilidade da
obra e a lisura da disputa.
Já ocorreram inúmeros casos no atual governo. O mais recente
é o edital para a escolha da empresa que vai construir o malfadado teatro de
ópera, lá no Parque Ecológico, às custas do Tesouro estadual. Serão 78 milhões
de reais gastos com um teatro para ter uma ou duas óperas por ano.
Independente da quase inutilidade do equipamento, já é a
segunda vez que o edital para a escolha da empresa é cancelado. Na primeira
vez, em março deste ano, o cancelamento foi pedido pela Secretaria de Infraestrutura
da Prefeitura que alegou que precisava rever as especificações técnicas
para, se necessário, fazer alterações no edital. Na época, a previsão de início
das obras era para junho passado.
Pois bem, a Secretaria deve ter revisto as especificações
técnicas, feito as alterações necessárias e o edital foi colocado de novo na
praça. Os envelopes com as propostas das empresas iam ser abertos nesta
terça-feira, dia 18. Mas o que aconteceu foi uma avalanche de questionamentos:
nada menos que 10 empresas fizeram 120 questionamentos para os itens do edital.
E olha que eles já haviam sido revistos e alterados pela Secretaria de Infraestrutura.
Como não foi possível responder a todos os questionamentos,
foi anunciado, na sexta-feira passada, que o edital estava novamente suspenso. E
o início das obras, de julho junho passado, agora está previsto para, no
mínimo, outubro desse ano. Se começar, a previsão é que em outubro de 2017
inaugurem o treco. Isso se a Prefeitura conseguir fazer um edital correto, o
que, parece, está cada vez mais difícil lá pelas bandas do Palácio dos
Jequitibás.
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