Ato realizado ontem pelo PT, em São Paulo, deu o mote para a
petralhada: tentar superar a crise, manter Dilma no poder e pregar a volta de
Lula em 2018. O ato, em ambiente fechado, reuniu menos de mil pessoas e deve
ser repetido por aí. O eufemismo atual é “a defesa da democracia”, como
disseram lideres ao final do encontro.
É aí que a porca entorta o rabo. Defender Dilma, tudo bem:
eles vão se lascar mesmo, porque o governo é corrupto e a presidente, se não
pode ser chamada, ainda, de corrupta, é de uma incompetência inacreditável em
todos os setores da política e da economia que são as bases de qualquer governo.
E pregar a volta de Lula é bater na mesma tecla que gerou tudo isso que aí está
e que é repelido por larga maioria dos brasileiros. Lula perderia hoje a eleição
para Aécio e para Alckmin. Portanto, as bandeiras verdadeiras desse petismo
agonizante estão um tanto quanto esfarrapadas e vai ser muito difícil costurá-las.
Sobra o eufemismo maroto e desonesto da “defesa da
democracia”.
É maroto porque a democracia ainda não corre perigo no Brasil
e, quando correu nos últimos anos foi exatamente por conta de ações do PT e
seus aliados. É o PT que namora – oficialmente - ditaduras tanto aqui na
América Latina como na Central, na África e no Oriente Médio. Foi o PT, aliado
a um ditador chamado Chávez, que foi contra a deposição legal de um presidente
que burlou a Constituição, tentando interferir de maneira grotesca nos destinos
de um país democrático. É o PT que tenta, sempre, enfiar no programa de governo
ou em alguma nova lei, o “controle social da mídia”, para ter uma imprensa que
se assemelhe às “chapas brancas” que vemos em Cuba, Coreia do Norte e, em grande
parte na Venezuela e Argentina.
E é desonesto porque para o PT tanto faz que haja democracia
ou não, desde que ele se mantenha no poder.
O projeto petista, cujo único documento razoavelmente
honesto foi a Cata de Recife de 2002, nunca precisou de democracia para ser
levado adiante e se perpetuar no poder. Precisou de uma boa parte da imprensa
amestrada (com dinheiro público), de grandes empresários corrompidos e
corrompedores (com dinheiro público), de entidades públicas ou privadas
devidamente aparelhadas com milhares de aliados pagos com dinheiro público, de
uma rede de blogueiros para contra-atacar com mentiras e campanhas sórdidas a
oposição (todos regiamente pagos com dinheiro público), uma grande base aliada no
Congresso devida e comprovadamente comprada com dinheiro público e quase metade
de eleitorado devidamente comprado através de programas sociais cuja única contrapartida
exigida é o voto no PT, sob a ameaça mentirosa de extinção do programa caso a
oposição vença.
Resumindo: para se manter no poder o PT sempre prescindiu da
democracia e só precisou mesmo do dinheiro público desviado dos cofres para
pagamentos ilegais e uma manutenção que fere totalmente a ética de uma legião
de “apoiadores” na imprensa e nas redes sociais da internet.
Agora a petralhada vai sair por aí, defendendo Dilma,
chamando Lula de volta e “defendendo a democracia”. Na verdade, eles estão
juntando a desgraça atual do Brasil com uma possível desgraça futura. Se
vencerem, o Brasil jamais terá uma solução para seus gigantescos problemas, todos
eles criados ou aumentados pelo PT desde 2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário