Há tempos escrevo que o problema dos governos petistas jamais
esteve em crises internacionais. Desde o primeiro mês do primeiro governo Lula,
sabe-se agora, foi engendrado o mensalão, numa reunião com Miro Teixeira,
Antonio Palocci e outros dois personagens que Teixeira se recusa a revelar, mas
tem toda a pinta de serem Zé Dirceu e Lula.
Desde o primeiro mês do primeiro governo Lula – e isso está
registrado no Diário Oficial – mudou-se um decreto ou uma lei de FHC que
destinava a servidores de carreira grande parte dos cargos mais elevados do
governo. Lula e Zé Dirceu assinam a norma que mudou essa situação e os cargos
todos começaram a ser destinados a petistas e aliados, sem concurso público e
comprometidos com a agenda do partido, não do país. São os milhares e milhares
de comissionados que infestam o Brasil.
O resto – a desastrosa política externa, o aparelhamento das
agências, o uso do BNDES e da CEF pra favorecer quem topasse entrar no “esquema”,
o uso da máquina pública par ganhar eleições, a enganosa propaganda oficial, a
compra de votos através dos programas sociais e a corrupção generalizada – se
incumbiu de transformar o Brasil no que hoje ele é: um país com um governo à
deriva, com uma economia a caminho do caos e com uma população revoltada com a
situação atual e com as mentiras todas que engoliu nesses anos todos. E como
tema “impeachment” cada vez mais latente, tanto nos meios políticos e
empresariais, como na rodinha dos botecos.
Dilma é apenas mais uma peça nessa engrenagem de filme de
terror. Hoje, o editorial do Estadão diz que é preciso acabar de vez com a
história de que Dilma é uma ótima gerente e avessa a políticos. Dilma jamais
foi ótima gerente e, com relação à política, não é aversão: é a mesma
incompetência que tem para gerenciar que a torna inútil numa mesa para discutir
qualquer acordo político.
Eu venho dizendo isso há muito tempo e não precisa ser um
gênio para descobrir que uma pessoa que não consegue falar de improviso duas
frases completas e que tenham algum sentido, que profere asneiras
inacreditáveis, da qual a “conquista tecnológica” chamada “fogo” é apenas mais
uma delas, não podia mesmo entender de economia, de gerenciamento ou ter
conhecimento suficiente para discutir política com velhas raposas do Congresso.
E, digo mais, Lula é outra mentira histórica. Muita gente
confunde sua esperteza, sua amoralidade e sua falta de ética com inteligência. Na
verdade, ele é perito em sobrevivência o que, em política, pode até garantir
boa vida, mas não garante uma biografia ao lado dos honestos. Lula sobreviveu
ao mensalão por covardia das oposições e surgiu como liderança no combate à
fome por pura sorte: as bases econômicas que ele herdou de FHC se deram bem com
o cenário econômico mundial altamente favorável durante quatro ou cinco anos. Ele
percebeu que dando dinheiro a pobres melhoraria sua imagem mundial e ajudaria a
mantê-lo e a seu partido no poder. Quando pintou a crise mundial, o fim de seu governo e todos os quatro anos de
Dilma foram de maquiagem nos balanços para esconder os rombos e a incompetência.
E a corrupção que se alastrou enormemente em seu governo surgiu com todos seus
tentáculos revelando um governo de negócios escusos, de enriquecimentos ilícitos,
vale dizer, de roubalheira generalizada.
Por isso, o que o Estadão diz hoje em seu editorial,
revelando essa farsa chamada Dilma Rousseff, não é, pelo menos para mim, novidade
alguma. Ela é mesmo uma farsa, bem como é uma farsa muito mais perigosa, seu
criador, Luis Inácio Lula da Silva.
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