Leio no portal do Correio Popular que o ex-prefeito de
Campinas, Hélio de Oliveira Santos, cassado por corrupção, reassumiu hoje,
domingo, a presidência do PDT de Campinas. Ele volta ainda no eco do pedido
feito pelo Ministério Público, de 450 anos de prisão para sua mulher, Rosely dos Santos, ex-chefe
de Gabinete do governo dele, na esteira do famoso Caso Sanasa, o maior
escândalo de corrupção de Campinas.
A investigação do escândalo, feita pelo Ministério
Público, não incluiu o então prefeito para que o processo não fosse levado
diretamente à segunda instância. Mas Hélio era tão parte do esquema quanto sua
mulher e a Câmara de Vereadores tinha certeza disso, tanto que o cassou por
corrupção. Seu vice, Demétrio Vilagra (PT) também teve o mesmo destino, comprovadas
que foram, para a Câmara de Vereadores, suas participações nas negociatas. E
para ele o MP pediu “apenas” 300 anos de prisão.
Hélio diz, em sua página no Facebook, que teve apoio da
cúpula nacional e estadual do PDT par voltar ao cargo no partido. Para o PDT a
volta do prefeito cassado pode significar um pouco mais de visibilidade em
algumas regiões de Campinas, principalmente no Campo Grande, onde Hélio
realizou obras, garantidas por generosas verbas que o governo Lula enviava para cá, que cativaram o eleitorado de lá. Mas para o resto de Campinas trata-se
apenas de um pesadelo voltando à cena. De um passado que o campineiro não quer
viver de novo.
Em tempos de caça aos corruptos de todas as áreas do poder,
é até bom que o nome do “doutor" Hélio volte ao noticiário. Ele poderá ser citado com mais clareza como exemplo
de um governo corrupto. E às vésperas de uma sentença que deve ser dura contra
a mulher, considerada pelo MP a chefe da quadrilha que tanto roubou de Campinas
durante o governo do “doutor” Hélio, fica mais fácil para o eleitor comum
identificar quem se esconde atrás de um discurso populista, confuso e mentiroso
e que chefiou uma administração que envergonhou todos os cidadãos honrados de Campinas.
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