O número deve ter sido mera coincidência, mas não foi apenas
um e sim 13 crimes cometidos pela presidente Dilma Rousseff em relação ao orçamento
federal. E são crimes contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e contra a
Constituição, conforme revelou ontem, o Tribunal de Contas da União. E quem comete
esses crimes não pode continuar governando um país. Agora ela terá de responder
por eles, na tentativa de justificá-los perante o TCU que, como eu disse em
post anterior, foi covarde ao dar um prazo para uma “justificativa”. E também cometeu
uma irregularidade: o resultado da fiscalização nas contas do governo Dilma de
2010 a 2014 deveria ter sido remetido diretamente ao Congresso, para que ele
tomasse uma posição já, dentro do processo legal.
E a decisão não poderá ser outra que não a rejeição das
contas e um processo de impeachment – a não ser que o Congresso também se
acovarde ou seja comprado, como já aconteceu muitas vezes – contra quem cometeu
tantos crimes para disfarçar os erros na condução da política econômica e,
tenho certeza, favorecer a corrupção. Sim, porque a cortina de fumaça que o
governo Dilma sempre lançava sobre suas contas, maquiando-as para enganar sei lá
quem, não podiam ter propósito apenas de disfarçar a incompetência ou
irregularidades no uso do dinheiro público.
Há crimes listados pelo TCU que, se forem investigados a
fundo, encontrarão, na ponta dos favorecidos, muita gente suspeita. Por
exemplo: nada menos que oito estatais extrapolaram o orçamento aprovado. Ora,
todos sabem que nas estatais a farra petista deitou e rolou sobre o dinheiro
público. Que gastos foram esses? Com que obras? Quem recebeu o excesso de
gasto? Eu tenho certeza que se investigarem direitinho encontrarão muita
corrupção nessas irregularidades cometidas pelo governo petista entre 2010 e
2014. Segue a lista dos 13 crimes.
1. Não registrar na dívida pública os passivos gerados pelos
atrasos nos repasses do Tesouro a bancos e autarquias, prática chamada de
"pedalada fiscal";
2. Infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal por conta das
"pedaladas";
3. Adiantamentos ilegais concedidos pelo FGTS à União para
cobertura de despesas no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida nos
exercícios de 2010 a 2014;
4. Adiantamentos ilegais concedidos pelo BNDES à União para
cobertura de despesas do Programa de Sustentação do Investimento (PSI);
5. Não incluir o "rol de prioridades" e metas no
projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias 2014;
6. A união pagar suas dívidas com o FGTS sem a devida
autorização orçamentária;
7. Extrapolar o montante de recursos aprovados, no Orçamento
de Investimento, por 8 empresas estatais;
8. Executar despesas sem suficiente dotação no Orçamento de
Investimento pelas empresas Araucária Nitrogenados S.A., Energética Camaçari
Muricy e Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A., em desacordo com o
disposto no inciso II do art. 167 da Constituição Federal;
9. Não contingenciar despesas discricionárias (não
obrigatórias) da União no montante de pelo menos R$ 28,54 bilhões, quando da
edição do Decreto 8.367/2014;
10. Usar a execução orçamentária de 2014 para influir na
apreciação, pelo Congresso, do Projeto de Lei PLN 36/2014, que flexibilizou a
meta fiscal de 2014 (economia feita pelo governo para o pagamento de juros da
dívida pública);
11. Inscrever em restos a pagar, sem previsão legal, R$
1,367 bilhão referentes a despesas do Programa Minha Casa Minha Vida no
exercício de 2014;
12. Omitir nas estatísticas dos resultados fiscais de 2014
as transações primárias deficitárias da União junto ao Banco do Brasil, ao
BNDES e ao FGTS;
13. Distorções que tornam indicadores e metas previstos no
Plano Plurianual 2012-2015 não confiáveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário