A foto da capa da Folha de São Paulo de hoje é a maior prova
da desonestidade de um partido cujo principal objetivo é permanecer o no poder,
não se importando com os meios para tanto. Lula apontando para um cartaz onde
se lê “Abaixo o Plano Levy” e também palavras de ordem contra duas Medidas
Provisórias, cartaz colocado no palco da Central Única de Trabalhadores (CUT),
o braço sindical do PT, é de uma falta de vergonha na cara que jamais se viu na
política brasileira.
Ora, o Plano Levy nada mais é do que um conjunto de medidas
que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, adotou para tentar consertar o estrago
feito pelo próprio PT nos últimos 12 anos à frente do governo. Sim, 12 anos,
porque os oito anos de Lula, onde a farra com o dinheiro que entrava fácil
pelos formidáveis números da exportação não teve limites foi o início da
desgraça atual. Hoje se sabe também que a gigantesca corrupção na Petrobras – e
quase com certeza em todos os outros setores do governo – começou por volta de
2003, justamente quando Lula chegou ao poder.
Os quatro anos de Dilma não tiveram novidade alguma em
termos de condução das políticas públicas. A única diferença é que o dinheiro farto
das exportações começou a escassear, a falta de estrutura não ajudou a diminuir
preços para competir de verdade no mercado internacional, a incompetência falou
mais alto e a corrupção começou a fazer diferença nos balanços da gigantesca
Petrobras.
Mas o PT – e seu maior líder – vociferam contra um plano que
pretende colocar novamente o Brasil no eixo econômico saudável, aquele em que o
país paga o que deve, investe corretamente e consegue crescer um mínimo para
manter a taxa de emprego elevada e a da inflação dominada.
E ainda protestam com discursos inflamados e cartazes contra
duas Medidas Provisórias. Ora, as MPs são produtos do governo, desse governo
que está aí e que o PT “fez o diabo” para eleger, passando por cima de muitas
leis que organizam a disputa eleitoral.
Essas ações de “protesto contra eles mesmos” escancaram a
face perversa do PT. Ir contra as medidas que o governo comandado por seu
próprio partido está tentando tomar é a mesma coisa que, como dizem por aí, “vender
a mãe”, “trair o amigo”, “jogar sujo” e
todas as expressões que revelam a total falta de caráter de pessoas ou de uma
entidade. Pois o PT fez, em 12 anos, o Brasil regredir quase dez décadas no seu
desenvolvimento social e humano.
É o fim do PT? Infelizmente, no Brasil, um partido pode
cometer uma traição desse tamanho e não ser crucificado no dia seguinte ou na
eleição seguinte. Por isso, o PT vai continuar sua marcha insana, tentando
posar de oposição às necessárias medidas de rearranjo da economia que ele mesmo
desarranjou e não vai sofrer, tão cedo, o resultado de sua insanidade
eleitoreira. Pelo contrário, quer posar de oposição a medidas que serão
amargas, como se nada tivesse com isso, em outra formidável mentira.
O eleitor, ou metade do eleitorado brasileiro, ainda vive no
tempo do voto de cabresto, trocando por “alguns dinheiros” sua decisão
eleitoral. Mas, 90 milhões de eleitores não votaram em ninguém e mais de 50
milhões votaram contra o PT. É essa maioria que precisa se fazer representar no
poder, não uma minoria movida a programas assistencialistas que só existem para
perpetuar a ignorância e a miséria e garantir os votos de cabresto.
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