Segunda-feira passada postei aqui um texto sobre as péssimas
condições de várias universidades federais brasileiras, principalmente a do Rio
de Janeiros, onde a falta de verbas está provocando até a interrupção de cursos. Outras caminham para a mesma situação.
E hoje a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) divulgou o ranking mundial de educação. Em 76 países
pesquisados, o Brasil está na 60ª posição. Na último ranking estrava na 58ª. A
queda de dois postos não é por acaso: o Brasil piorou nos últimos anos em todos
os setores e a educação, enormemente dependente do governo federal, não seria exceção.
Estamos hoje mais próximos de nações
africanas do que estávamos há dois anos. E a tendência é chegar mais perto
ainda se o atual governo continuar sua política de contenção de despesas para
tentar tirar o país do buraco em que está por culpa desse mesmo governo.
Mas a encrenca é muito maior quando se trata de educação. O
relatório da OCDE assinala que “os índices de educação de um país podem
sinalizar os ganhos econômicos que essas nações terão a longo prazo. Além
disso, o país que hoje ocupa o primeiro lugar da lista, Cingapura, já registrou
altos níveis de analfabetismo na década de 60, o que é visto como um exemplo de
que o progresso educacional é possível mesmo em pouco tempo”.
Como se vê, o país que o PT hoje está arrasando, vai sofrer
consequências ainda piores no longo prazo. Se o Brasil começar a melhorar a
educação hoje – o que é praticamente impossível com o PT no poder – daqui uns
20 anos teremos as consequências benéficas dessa melhoria.
Mas para o PT o que importa não é qualidade e sim quantidade
no ensino. Claro que vagas para todos é uma meta importante, mas isso FHC já
tinha conseguido para o ensino básico em 2002. As metas seguintes passavam
primeiro pela melhoria desse ensino e, depois, pelo aumento do número de
universidades, o que seria uma consequência lógica, pois o Brasil passaria a
ter um número maior de estudantes aptos a cursar universidades.
Mas Lula e o PT preferiram o marketing da inauguração de
universidades – muitas de péssima qualidade –, a promoção dos programas como o
ProUni que distribui farta verba a universidades particulares que, por serem de
qualidade inferior, nem conseguem preencher todas as vagas disponíveis e outras
ações que ficavam bonitas na propaganda na televisão, mas na realidade
praticavam (e praticam) um ensino meia-boca.
O relatório afirma, sem medo de errar, pois está baseado na
realidade mundial, que “políticas e
práticas educativas deficientes deixam muitos países em um permanente estado de
recessão econômica.”
O ranking divulgado hoje será apresentado oficialmente na
próxima semana, durante o Fórum Mundial de Educação, na Coreia do Sul, quando
líderes mundiais irão se reunir para traçar novas metas para educação.
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