terça-feira, 26 de maio de 2015

Fim do sigilo dos empréstimos BNDES

O STF derrubou o sigilo nos empréstimos feitos pelo BNDES. Os argumentos foram simples, do tipo “a transparência com o uso do dinheiro público é mais importante que o sigilo bancário”. 

Caso os senhores magistrados do STF entendessem de forma diferente – a estrovenga caiu pelo voto unânime dos juízes da turma em que foi julgado – seria uma das maiores aberrações jurídicas da história da humanidade: um banco público poder emprestar dinheiro a entidades privadas sem que ninguém saiba das condições, sem que ele preste conta aos órgãos fiscalizadores do governo. Aberração pura.

Mas o mais curioso nessa história de guardar segredo sobre dinheiro público é que ela foi patrocinada pelo PT. Justo o PT que, na sua origem, que serviu para angariar milhões de votos pelo país – se dizia diferente “de tudo que está aí”, e usava a ética e a honestidade na política como bandeira maior. Tudo mentira como se viu depois. Mas essa, se continuasse a vigorar, respaldada por um tribunal superior, se constituiria talvez numa das maiores.

Seria uma carta branca para que os poderosos da hora usassem como bem entendessem os recursos públicos que, com grande sacrifício da população, são alocados ao banco para que ele promova o desenvolvimento do país em áreas e setores onde os risco fazem com que a iniciativa privada não entre. Os juros baixos praticados pelo BNDES animam empresários a investir nessas áreas de risco.

Embora o que se tenha visto no BNDES sob o PT fuja muito dessas orientações – e essa é outra encrenca pelo qual o banco deveria responder – o fato é que querer manter segredo sobre os empréstimos, justamente quando se desconfia que o ex-presidente Lula tem deles se favorecido para ganhar gordas comissões, é zombar do povo brasileiro, das leis brasileiras e, principalmente do eleitor brasileiro que votou nesse governo que aí está. E deixar com raiva, muita raiva cívica, os eleitores que preferiam outros candidatos no lugar dessa confusa mulher que ora é presidente da República. 

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