quarta-feira, 22 de abril de 2015

Síndrome de Estocolmo?

Fernando Henrique Cardoso parece estar sofrendo da Síndrome de Estocolmo: passou a defender seus algozes ao ser contra o impeachment de Dilma.

Durante os oito anos do seu governo, os petistas gritaram “Fora FHC”, atribuindo a ele toda e qualquer irregularidade que acontecesse no Brasil. Depois, durante os 12 anos seguintes, não pararam um dia sequer de amaldiçoar seu governo, demonizando todas as realizações, desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal, chamando-o de corrupto sem ter uma prova sequer da corrupção – pelo contrário, em 12 anos no poder o PT não foi capaz de reabrir um processo que eles dizem terem sido engavetados por um MP suspeito (na verdade eram processos sem uma causa, denúncias vazias,  acusações que o PT inventava e que só podiam ser arquivados mesmo); dizem, até hoje e sem provas que impliquem FHC, que ele comprou a reeleição, mas não dizem que 80% da população eram a favor, bem como todo o Congresso, com exceção do PT. Ou seja, FHC não precisava comprar nada para mudar a lei.

E hoje, ainda com a mesma cara de pau o PT usufrui de tudo que criticou e critica em FHC, das medidas na economia ao instituto da reeleição.

FHC pode ter lá suas razões pra não querer o impeachment, mas deveria saber que é importante demais na luta da oposição para posar de defensor da continuidade do governo mais corrupto da história do Brasil, comandado por um partido que tentou, nos últimos 20 anos (desde a posse em 1995), reduzir a história dos seus mandatos a pó. 

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