segunda-feira, 6 de abril de 2015

Por que Dilma deve sair



Hoje, na cerimônia de posse do novo ministro da Educação, ao falar sobre o escândalo de corrupção da Petrobras, o Petrolão, que pode ser considerado um dos maiores do mundo, a presidente Dilma Rousseff deu mostras definitivas de que não deve e não pode continuar no comando do país.
A sua declaração, que está nas manchetes nos portais dos órgãos de notícias do pais – “Luta pela recuperação da Petrobras é do meu governo” – é prova inequívoca de que a mentira vai continuar imperando no discurso oficial enquanto ela for presidente.

Porque dizer que o governo dela quer recuperar a Petrobras é uma dos maiores deboches que alguém poderia fazer dentro das circunstâncias da situação da empresa.

Senão vejamos: Dilma foi nomeada por Lula ministra das Minas e Energia logo no seu primeiro governo, em 2005. A Pasta das Minas e Energia é responsável pela Petrobras, o ministro da área manda mais que o presidente da estatal e é, geralmente, (Dilma foi) o presidente do Conselho de Administração, instância superior da empresa.

Foi a partir de 2004 que a corrupção na Petrobras “se institucionalizou”, conforme depoimentos de alguns dos corruptos diretores e empresários que se favoreceram das roubalheiras aos cofres da empresa. Ou seja, quando Dilma assumiu a Pasta, a corrupção estava correndo solta na Petrobras, mas ela, feito a Carolina do Chico, “não viu”.

Depois de ministra das Minas e Energia, com a queda de Zé Dirceu (por corrupção, lembremos), Dilma foi guindada ao posto de Ministra-chefe da Casa Civil. Se antes ela, embora mandasse na Petrobras, era subordinada a Zé Dirceu (o verdadeiro presidente do Brasil durante o tempo em que foi ministro), no novo posto só tinha Lula acima dela. E, claro, mandava mais ainda na Petrobras e era “chefe” de todos os outros ministros.

Pois nessa sua nova fase, a corrupção continuou alentada na Petrobras – e não só lá, como já foi confirmado por algumas denúncias, como essa, atualíssima, da Receita Federal, onde a auxiliar mais próxima de Dilma na Casa Civil, Erenice Guerra, foi responsável pela “nomeação” do chefe da quadrilha que lá se instalou.  

O próximo cargo de Dilma viria a ser, no bojo da popularidade do PT comprada pelo Bolsa Família (não fosse ele, ela perderia no Nordeste – ou ganharia por bem menos – e Aécio seria eleito) justamente a de presidente do Brasil. E, como tal, mandatária máxima do país, responsável por tudo e por todos.

Pois, embora estivesse ligada à Petrobras por todos esse tempo – eram 8 anos até então – ela garante que jamais soube da gigantesca corrupção que que havia se instalado lá e que tinha como objetivo enriquecer petistas e alguns aliados, alguns diretores da empresa e comprar, de baciada, políticos do PMDB e do PP, para que mantivessem seus votos no Congresso sempre a favor do governo petista. Evidentemente que políticos do PT também entravam na partilha do butim.

E por “não saber” de nada, só foi tomar alguma providência quando a Polícia Federal e o Ministério Público começaram a desvendar as ações da quadrilha petista. Mas, mesmo assim, relutou por enorme tempo em trocar a diretoria e só o fez quando a pressão das ruas aumentou, quando a pressão da imprensa aumentou, quando o próprio PT já não tinha mais argumentos para defender a gigantesca corrupção denunciada e processada pelo bravo juiz federal Sérgio Moro e sua turma de notáveis do MP paranaense. E colocou no lugar da então presidente Graça Foster, um ex-presidente do Banco do Brasil sobre o qual pesam várias denúncias justamente de comportamento incompatível com o cargo, inclusive uma de favorecimento escancarado a um madame da sociedade com parece que ele teve algum caso. Ou seja, um nome nos padrões do PT.

Os denunciantes, nos acordos de delação premiada, são claros: a divisão do dinheiro arrecadado com a corrupção era feita para o PT, para o PMDB e para o PP. E para eles, denunciantes também, tanto que já estão devolvendo algumas fortunas que tinham amealhado no jogo sujo a que se prestaram.
Mas Dilma, a mando de Lula ou do marqueteiro João Santa, foi mandada fazer cara de espanto e indignação diante de tudo isso. Como se todos os brasileiros fossem idiotas a ponto de acreditar que ela e Lula de nada soubessem.

E mesmo que assim fosse, veja só, estaríamos diante dos dois mais ingênuos políticos que já chegaram ao poder máximo do Brasil: dois enormes escândalos de corrupção ocorrendo diante dos seus narizes e ambos sem saber de nada, traídos por todos seus principais auxiliares. Ora, todos sabemos que políticos ingênuos não sobrevivem à vereança.

É óbvio que tanto Dilma quanto Lula sempre souberam de tudo e, aproveitando-se de uma oposição frouxa, medrosa mesmo, conseguiram se manter no poder. Também concorreu para essa era das trevas brasileiras o bom andamento da economia mundial, que deu fôlego financeiro para o governo implementar uma política econômica populista e equivocada, expandir as esmolas travestidas de programas sociais e garantir um eleitorado escravizado por um cartão que vira dinheiro todo mês, sem que o beneficiado precisasse fazer qualquer coisa que demonstrasse sua vontade de deixar de ser um dependente total do cofre público.

E por sempre saber de tudo é que o discurso de Dilma se mostra totalmente adequado à farsa que é seu governo. Ao dizer que é dela a luta para recuperar a Petrobras, Dilma revela sua falta de caráter, pois em quase 12 anos de supremacia funcional sobre a empresa, vicejou a corrupção, a incompetência, a divisão da empresa em feudos políticos para partidos aliados, a compra descarada de apoio com o dinheiro sujo dali subtraído sem que ela movesse um dedo para pelo menos tentar acabar com a farra.

Não, Dilma jamais quis fazer qualquer coisa a favor da Petrobras e não será agora que terá condição de fazer. Ela fez o que foi necessário para enriquecer seus pares, seu partido e sua quadrilha. E continuará fazendo a mesma coisa, pois é um joguete nas mãos de Lula e seus asseclas.

Por isso urge que ela seja apeada do poder. Por isso nossos principais gritos nas ruas no próximo domingo deve ser o “Fora PT” e “Fora Dilma”. Só assim o Brasil poderá respirar fundo e se preparar para alguns anos de sacrifício (necessários depois dessa roubalheira toda) que poderão nos fazer voltar a ser um país em desenvolvimento com alguma esperança no horizonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário