O titulo deste post é uma homenagem aos que lutaram
bravamente pela restauração da democracia – e não pela implantação de outra
ditadura, de esquerda – e é lembrado a propósito das manifestações deste domingo,
12 de abril, que tem tudo para ser histórico no Brasil.
O grito que dávamos, quer nas assembleias no Pátio dos Leões
da PUC de Campinas, quer na estreita Barão de Jaguara, um olho no ombro da
frente e outro à procura de um camburão qualquer que se aproximasse, ou ainda
em alguns comícios no Largo do Rosário, era o mais emblemático e forte de
todos.
Era o recado das ruas aos milicos que insistiam em se perpetuar
no poder. Era tímido ainda e, muitas vezes calado com jatos de água fria ou
cassetete no lombo dos que não conseguiam velocidade suficiente para fugir da
repressão. Mas era um grito forte e ele chegava aos ouvidos que queríamos que
chegasse.
O Brasil viva a ditadura militar, havia censura, os partidos
eram vigiados, a tortura e as prisões sem sentido já haviam terminado – ou pelo
menos diminuído bastante – mas queríamos mais. Queríamos que houvesse liberdade
partidária, que a censura acabasse, que as eleições, em todos os níveis, fossem
diretas.
E havia a economia, dando sinais de que a crise de 1973, que
havia dado ao petróleo um preço compatível com sua importância de combustível
do mundo, estava degringolando. Expunha o modelo de estatização, de predominância do
Estado sobre o mercado, como era um barco furado, como não se cansava de dizer
os jornais da família Mesquita, clamando diariamente pela abertura econômica
que jamais iria acontecer até o último general e o primeiro civil (José Sarney –
e que me perdoem as pessoas honestas por citá-lo).
Pois as manifestações de amanhã, 12 de abril, acontecem num
momento em que a economia, também enfrenta mares turbulentos e não vê porto
seguro antes de chegar mais ainda ao fundo do poço: inflação, desemprego,
desinvestimento, PIB negativo e outras desgraças ainda vão tomar mais conta do
noticiário neste terrível 2015.
É por isso – e também pelo inacreditável mar de lama da
corrupção em que o PT transformou o Brasil – é que precisamos todos mostrar
nossa indignação. E a melhor maneira é irmos neste domingo para as ruas, encher
as praças e avenidas com nossos gritos de “BASTA!!!”, nossos clamores por
honestidade, nossas súplicas por um governo decente.
O caminho para que cheguemos a algum lugar diferente do
inferno que se nos avizinha nas mãos do PT, é justamente forçando ao máximo a
barra para que essa corja seja escorraçada do poder. Não pela violência de um
golpe, mas pela força das ruas que intimidarão políticos que não terão outra
saída a não ser preparar o fim – rápido, claro – de um governo que não se
sustenta mais por qualquer critério – ético, moral, econômico, político ou
social.
As ruas com nossa revolta, com nossos brados de protesto
podem ditar o futuro imediato do Brasil que pode garantir um futuro distante
bem melhor do que o PT quer, pois esse partido de estranhos matizes de
esquerda, só pensa em si mesmo dominando tudo. Quer, no lugar de um país
desenvolvido, um partido desenvolvendo suas exóticas teorias; no lugar um uma
economia forte, um partido ditando regras a empresários escolhidos pelo grau de
propina que estão dispostos a pagar; no lugar de um povo saudável, uma fila
interminável em hospitais públicos enquanto seus asseclas roubam verbas da
Saúde.
Fiz minha parte, para manifestar a necessidade de mudança desse cenário que você descreve e fiquei contente com as ruas cheias do mesmo brado.
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