Leiam abaixo o que publicou segunda-feira passada o jornal
El País em seu site para o Brasil:
“O Brasil saltou da
sexta para a terceira posição na lista dos países com o maior volume de dívida
junto a credores estrangeiros, apontou relatório divulgado nesta terça-feira
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O país ficou atrás apenas da
Espanha, segundo mais endividado, e dos Estados Unidos, que lidera o ranking.
De acordo com os dados do FMI publicados pelo jornal O Globo, a
dívida externa brasileira total atingiu 750 bilhões de dólares (o equivalente a
1,8 trilhão de reais), ou 33,4% do Produto Interno Bruto (1,01% do PIB global).
O órgão observou ainda que o governo brasileiro deve agir com rapidez para
reduzir o prejuízo.”
Pois bem. Em 22 de fevereiro de 2008, o governo Lula
anunciou, por meio do Ministério da Fazenda e do Banco Central, que a dívida
externa brasileira havia sido quitada. E ainda mais: já éramos até credores. A
notícia foi destaque no Estadão: “O relatório divulgado ontem pelo Banco
Central, segundo o qual o Brasil, pela primeira vez em 508 anos de história,
deixa o papel de devedor e ingressa no seleto time dos credores do mercado
internacional, é a consolidação de uma virada histórica”.
Mas vejamos os números do próprio governo, fornecidos à CPI
da Dívida pelos mesmos Ministério da Fazendo e Banco Central: quando Lula assumiu o seu primeiro mandato em 2002, a
dívida externa era de R$ 212 bilhões, enquanto a dívida interna era de R$ 640
bilhões. Ou seja, o total, dívida externa mais interna, chegava a R$ 852
bilhões.
Em 2008, quando Lula disse ter pago a dívida, a externa
caiu para zero, mas a interna chegou a R$ 1,4 trilhão, ou 65% do PIB do Brasil. Em 2013
passou de R$ 2 trilhões!
E qual foi a jogada? Simples: para pagar ao FMI, Lula
pediu aos banqueiros que comprassem os títulos da dívida externa
pagando ao FMI. E eles compraram correndo, pois o Brasil, que pagava 4% de juros ao ano para o FMI, passou a
pagar 19,5% ao ano para os banqueiros. Ou seja, pra poder arrotar por aí que o Brasil
não devia mais nada para o FMI, Lula enriqueceu mais os banqueiros brasileiros e empobreceu
ainda mais o Brasil, fazendo com que os cofres públicos pagassem quase 5 vezes
mais juros da dívida que, de “externa”, a 4% de juros ao ano, passou para “interna”,
a 19,5% de juros ao ano. Em qualquer país do mundo um presidente que fizesse
isso seria impedido de continuar
governando e é bem provável que fosse para a
cadeia por crime de lesa-pátria.
Mas sob Lula e o PT, tudo pode piorar. Pois o “zero”
da dívida com o FMI durou pouco. O Brasil petista foi novamente ao Fundo, não para
pagar qualquer parcela da dívida interna que se avolumava, mas para sustentar programas
sociais como PAC e obras faraônicas superfaturadas que nunca foram concluídas.
Ou seja, além de pagarmos juros extorsivos aos banqueiros,
passamos a dever também, novamente a bancos estrangeiros. O impacto na economia
brasileira foi grande, e hoje ostentamos a bagatela de 750 bilhões de dólares (R$
1,8 trilhão) de dívida externa. O que Lula disse (na verdade, mentiu) que tinha
acabado, está aí, com todos seus tenebrosos números, cujos juros que o Brasil paga está tirando muito prato de
comida da mesa dos brasileiros.
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