quarta-feira, 1 de abril de 2015

A grande farsa de Lula sobre a dívida externa


Leiam abaixo o que publicou segunda-feira passada o jornal El País em seu site para o Brasil:

“O Brasil saltou da sexta para a terceira posição na lista dos países com o maior volume de dívida junto a credores estrangeiros, apontou relatório divulgado nesta terça-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O país ficou atrás apenas da Espanha, segundo mais endividado, e dos Estados Unidos, que lidera o ranking. De acordo com os dados do FMI publicados pelo jornal O Globo, a dívida externa brasileira total atingiu 750 bilhões de dólares (o equivalente a 1,8 trilhão de reais), ou 33,4% do Produto Interno Bruto (1,01% do PIB global). O órgão observou ainda que o governo brasileiro deve agir com rapidez para reduzir o prejuízo.”

Pois bem. Em 22 de fevereiro de 2008, o governo Lula anunciou, por meio do Ministério da Fazenda e do Banco Central, que a dívida externa brasileira havia sido quitada. E ainda mais: já éramos até credores. A notícia foi destaque no Estadão: “O relatório divulgado ontem pelo Banco Central, segundo o qual o Brasil, pela primeira vez em 508 anos de história, deixa o papel de devedor e ingressa no seleto time dos credores do mercado internacional, é a consolidação de uma virada histórica”.

Mas vejamos os números do próprio governo, fornecidos à CPI da Dívida  pelos mesmos Ministério da Fazendo e Banco Central: quando Lula assumiu o seu primeiro mandato em 2002, a dívida externa era de R$ 212 bilhões, enquanto a dívida interna era de R$ 640 bilhões. Ou seja, o total, dívida externa mais interna, chegava a R$ 852 bilhões.

 Em 2008, quando Lula disse ter pago a dívida, a externa caiu para zero, mas a interna chegou a  R$ 1,4 trilhão, ou 65% do PIB do Brasil. Em 2013 passou de R$ 2 trilhões!

E qual foi a jogada? Simples: para pagar ao FMI, Lula pediu aos banqueiros que comprassem os títulos da dívida externa pagando ao FMI. E eles compraram correndo, pois o Brasil, que pagava 4% de juros ao ano para o FMI, passou a pagar 19,5% ao ano para os banqueiros. Ou seja, pra poder arrotar por aí que o Brasil não devia mais nada para o FMI, Lula enriqueceu mais os banqueiros brasileiros e empobreceu ainda mais o Brasil, fazendo com que os cofres públicos pagassem quase 5 vezes mais juros da dívida que, de “externa”, a 4% de juros ao ano, passou para “interna”, a 19,5% de juros ao ano. Em qualquer país do mundo um presidente que fizesse isso seria impedido de continuar 
governando e é bem provável que fosse para a cadeia por crime de lesa-pátria.

Mas sob Lula e o PT, tudo pode piorar. Pois o “zero” da dívida com o FMI durou pouco. O Brasil petista foi novamente ao Fundo, não para pagar qualquer parcela da dívida interna que se avolumava, mas para sustentar programas sociais como PAC e obras faraônicas superfaturadas que nunca foram concluídas.


Ou seja, além de pagarmos juros extorsivos aos banqueiros, passamos a dever também, novamente a bancos estrangeiros. O impacto na economia brasileira foi grande, e hoje ostentamos a bagatela de 750 bilhões de dólares (R$ 1,8 trilhão) de dívida externa. O que Lula disse (na verdade, mentiu) que tinha acabado, está aí, com todos seus tenebrosos números, cujos juros que o Brasil paga está tirando muito prato de comida da mesa dos brasileiros.

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