Reportagem publicada no Estadão deste domingo mostra que a
farra que o PT produziu no país não só vai cobrar um preço elevadíssimo, como
vai estourar no nosso bolso. Até agora, calculando os ajustes que o ministro da
Fazenda está programando, 85% deles vão pesar nas costas de cada brasileiro.
Apenas 15% sairiam de “sacrifícios” do
governo. Em números: a meta é economizar R$ 66 bilhões.
As medidas anunciada
até agora produzirão uma economia de R$ 45 bilhões. Só que desses R$ 45 bi,
nada menos que R$ 38 bilhões vão sair dos orçamentos familiares, ou seja, dos
salários que recebemos sobre os quais incidirão mais e mais impostos fazendo os
preços aumentarem.
Mas pode ser pior ainda, pois, segundo a reportagem do jornal,
o estudo feito pelo economista Mansueto Almeida prevê que o governo pode nem
conseguir fazer a parte dele. Diz o economista que “os R$ 18 bilhões estimados
com as mudanças em benefícios sociais, como pensão das viúvas jovens e
seguro-desemprego, devem cair a R$ 3 bilhões. Outras despesas, como o Bolsa
Família, vão crescer e reduzir os ganhos da medida. O fim da desoneração da
folha de pagamento, por sua vez, gerou tanta polêmica que é uma incógnita e nem
foi considerada na estimativa. Para fechar a meta, o governo terá de fazer um
corte brutal de investimentos ou elevar carga tributária, punindo o já
comprometido crescimento.”
Ou seja, o ano que já se previa ruim para todos na economia,
está com todo jeitão de ser pior ainda. Corte brutal nos investimentos
significa desemprego em massa e elevar a carga tributária significa aumento de
preços e da inflação. Ou seja, o cenário do inferno econômico que já vivemos
antes do Plano Real paira sobre nossas cabeças se o governo continuar nas mãos
do perdulário e incompetente PT.
Isso porque não existe vontade alguma do governo petista de
cortar na própria carne e, ainda por cima, a falta de credibilidade em Dilma e
equipe afasta investidores externos. O ministro Levy é o único em que o mercado
confia, mas ele já demonstra sinais preocupantes, já criticou a própria
presidente, num episódio cujas consequências ainda não estão definidas e sua
relação com o Congresso é, no mínimo, beligerante.
A situação hoje enfrentada é resultado sim dos erros
cometidos pelo PT na condução da economia. Enquanto o comércio internacional sorria
para o Brasil, estava tudo bem. Mas bastou uma crise – a de 2008 – para o PT
mostrar sua incompetência. Enfrentou a crise de maneira errada, estimulando o
mercado interno, desonerando alguns setores importantes da economia, segurando
preços de combustíveis, aumentando os benefícios sociais e fazendo discurso de
vitorioso (lembram da marolinha?) e não investindo no que nos daria vantagens
num futuro próximo, ou seja, na infraestrutura que diminuiria o preço das
commodities e manteria a competitividade do Brasil no comércio internacional.
A política adotada pelo PT ainda no governo Lula e, depois,
no governo Dilma, diz a reportagem do Estadão, aprofundou as distorções: houve
excesso de desonerações e benefícios setoriais, além de outros mecanismos de
intervenção na economia que levaram à queda da arrecadação, do investimento e
do crescimento que provocaram total descontrole da economia (lembram do Mantega
que dizia uma coisa e acontecia outra?).
Nem a sinalização, tênue, é verdade, de que o governo
pretende diminuir ministérios é levada a sério pelos analistas. Segundo o
economista Fábio Klein, da Tendências Consultoria, esse corte é “simbólico”. Os
ministérios virariam secretarias. Não haveria demissões. A conta em pouco
cairia. Ou seja, é mais uma enganação do governo petista, o que prova que o Brasil
só reencontrará o caminho do desenvolvimento depois que se livrar dessa praga
chamada PT.
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