segunda-feira, 23 de março de 2015

Pesquisa escancara o desgoverno do PT

O que faz uma propaganda enganosa seguida de uma formidável corrupção juntos a uma mentirosa campanha sobre o fim de benefícios sociais caso o adversário fosse eleito: se o segundo turno das eleições presidenciais fosse realizado hoje, Aécio Neves (PSDB) teria mais de 55% dos votos e Dilma Rousseff (PT) amargaria pouco mais de 16%. É o que informa a pesquisa realizada pela CNM/MDA divulgada nesta segunda-feira, que entrevistou 2.002 pessoas em 137 municípios em 25 estados.

Mas essa é a notícia boa para o PT, afinal a eleição já passou e Dilma ganhou. A pesquisa, realizada pela CNM mostra que 59,7% são favoráveis ao impeachment da presidente e apenas 34,7% são contra. E tem mais: para 81% a presidente Dilma não está cumprindo o que prometeu, contra apenas 12,9% que acham que ela está sim cumprindo as promessas de campanha.

Quanto à qualidade do governo nesse início de segundo mandato, as notícias também não são boas para o PT: 75,4% acham que está pior que o anterior e 72,2% consideram seu desempenho negativo.

Segundo a pesquisa o Petrolão já caiu definitivamente na boca do povo: 75,7% tomaram 
conhecimento da lista de políticos suspeitos e 90,1% creem que os nomes citados estão realmente envolvidos no esquema de corrupção.  E pouco mais da metade dos entrevistados (57,4%) acreditam que o governo federal não será capaz de combater a corrupção.

E a economia? Aí piorou, como diria o saudoso Dorival Caymmi: 82,9% avaliam que Dilma não está sabendo lidar com a crise econômica e para 49,5%, até o final do mandato a situação vai piorar. Por que o Brasil chegou a isso? 63,9% disseram que a situação atual é resultado principalmente da corrupção. Já 26,5% acham que é consequência da má gestão pública.

Enfim, a pesquisa é terrível para o governo Dilma em geral e para o PT em particular. A falta de uma base sólida sobre a qual o governo pudesse se sustentar nas áreas política, econômica e social resultou numa reviravolta impressionante em apenas poucos meses. Ao optar pelo modelo populista, ao eleger grandes obras como necessárias, ao premiar alguns poucos grupos empresariais como “eleitos” para construir tudo no Brasil, ao desprezar a necessidade de se construir uma infraestrutura que desse poder de competição aos produtos brasileiros (gasta-se uma enormidade em transportes por rodovias precárias, portos congestionados e aeroportos deficientes) e ao instituir a corrupção no seio de todas as áreas do governo, o PT perdeu a grande chance de ser lembrado no futuro como o partido responsável pelo grande salto do Brasil rumo ao desenvolvimento sustentável.


Será lembrado como um partido corrupto que atrasou em décadas a possibilidade de o Brasil se inserir definitivamente no cenário mundial dos países desenvolvidos. 

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