Através do sempre bem informado Lauro Jardim, da Veja,
ficamos sabendo que o Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro já sabia,
desde 2010, dos desmandos que estavam ocorrendo na Petrobras. E o jornalista
nem precisou de uma fonte anônima ou algo parecido. Pegou um exemplar do jornal
Surgente, do Sindipetro-RJ, edição de 11 de março de 2010. E logo no editorial do jornal está bem claro o
que o Sindipetro queria: “Fora Renato de Souza Duque, diretor de Serviços da
Petrobras!” Mais claro impossível, né?
O motivo de tamanha ira contra o diretor eram as punições e
demissões de funcionários por falhas, o que não ocorria com os gerentes, seus
superiores, que nunca eram punidos.
Diz Lauro Jardim: “O texto ainda critica José Sérgio Gabrielli,
‘um rei que já não governa’ e descreve a estrutura desvendada pela Operação
Lava-Jato anos depois: ‘cada diretor é dono do seu feudo e só deve satisfação
ao partido de origem e ao seu padrinho”
Como se vê, o Sindipetro já sabia, antes da PF, que a
Petrobras havia sido retalhada para servir aos partidos da base aliada e,
claro, ao PT.
O fecho de ouro da nota do jornalista é um trecho também do
editorial do jornalzinho do Sindipetro-RJ. Está lá com todas as letras: “Renato
Duque é afilhado político do ex-ministro chefe da Casa Civil do governo Lula,
José Dirceu”. O que quer dizer que ele só devia satisfação ao Zé Dirceu e ao
PT, certo? E quem afirmou isso não foi a oposição. Foi um sindicato ligado à
CUT...
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